Hoje à tarde, caminhei pelas ruas do Recife Antigo,
imaginava encontrar os escombros do último carnaval, mas a cidade está aos poucos se desfazendo do que foi essa festa. Ainda tem alguma decoração, embora esteja entrando no rítimo comum do dia a dia.Ao lado do antigo prédio da Bolsa de Valores, de frente pro mar e a praça do Marco Zero, que fora criada pelo artista plástico pernambucano que morreu em Paris, Cícero Dias, uma mulher vendia tapioca, quentinha, feita na hora, côco, queijo, cartola...não resisti à tentação, a gula, uma delícia com café. A noite começava cair, o vento soprava forte, as primeiras luzes do porto se acendiam e pude ouvir um apito de um navio, não sei se era partida ou chegada, mas era um som nostálgico, de remotas lembranças, talvez, tenha vindo à minha memória, alguma cena do filme Titanic. Já era escuridão mar adentro, mistério e medo. Estava sozinho, mas não me sentia assim, penso que estava em companhia de mim mesmo, em paz e tentando entender o mundo!
Lembro de Adriana Calcanhoto cantando "Esquadros":
Eu ando pelo mundo/Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome/Cores de Almodóvar Cores de Frida Kahlo/Cores!
Parece uma coisa simples, e é, é disso que a vida é composta!
De coisas simples!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAcho tudo isso muito importante,pois é do simples olhar que o Homem cria o belo.
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